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sábado, 2 de maio de 2009

Empresários e torcedores


A história de amor de Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano, e Oswaldo Melantonio Filho, presidente da Ticket, pelo Timão é antiga. “Na Rua Oswaldo Cruz, em Apucarana, no Paraná, onde eu morava, a maioria dos meus amigos torcia pelo Santos. Era a época de ouro deles, com o Pelé sendo a maior estrela. No entanto, o meu irmão mais novo, o Cacau, e eu resolvemos torcer pelo Corinthians. Nós gostávamos muito da vibração da torcida, e do estilo de jogo do Timão. A minha família não tinha time preferido e não acompanhava o futebol de perto”, conta Maciel.
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A família de Melantonio bem que tentou convencê-lo a ser palmeirense, mas não deu certo. Com avôs vindos da Itália e da Alemanha, o time do Palestra poderia ser uma escolha óbvia, mas a influência paterna foi mais forte. “Tinha sete anos quando o meu pai me levou ao Pacaembu para assistir a uma partida entre o Corinthians e o Palmeiras. Quando vi a torcida corintiana no estádio, me apaixonei.” O amor pela camisa do Corinthians cresceu junto com ele. Melantonio estava no estádio em dois jogos históricos do time. A partida de 1977, em que o Timão encerrou o jejum de 23 anos sem ganhar campeonatos, contra a Ponte Preta, na final do campeonato Paulista, ficou guardada com carinho na memória. “A bola batia na trave e não entrava. Era impressionante. Com a vitória, decretei feriado. Não fui trabalhar no dia seguinte”. Outro jogo que entrou para o rol dos favoritos foi a semifinal do Brasileirão entre Fluminense e Corinthias, em 1976. “Nós invadimos o Rio. Levamos 100 mil torcedores para o Maracanã, mais do que o Fluminense. Nos pênaltis, ganhamos o jogo”, vibra. Maciel é mais provocativo. Escolhe como jogo memorável a primeira partida da semifinal contra o São Paulo neste ano. “Essa é fácil. É só lembrar das semifinais do paulistão, contra o São Paulo, dentro do Morumbi. O espírito de luta demonstrado pelo time, simbolizado pelo golaço do Cristian aos 47 minutos do segundo tempo, depois de uma arrancada sensacional, vai ficar nas nossas memórias por muitos anos”. Aos são-paulinos, novas desculpas. Para a grande final, os dois prevêem (surpresa!) vitória inequívoca do Corinthians. O presidente da Suzano aposta em 2 x 0, no Pacaembu. Já o executivo da Ticket é mais otimista “3 x 0 para terminar. O Corinthians é superior tecnicamente e está jogando melhor, falo isso sem paixão”. A gente acredita. Para um evento de tamanha importância, as providências devidas já foram tomadas. “Vou ao Pacaembu com a minha filha de 14 anos, que é corintiana roxa. Já estou com os ingressos comprados”, conta Maciel. Para Melantonio, a sorte não foi das melhores. “Estarei em uma viagem de trabalho, dentro de um avião, rumo a Bucareste, na Romênia. Vou ligar para a casa durante o voo para saber o resultado da partida. Não vou agüentar esperar a chegada”. Paixão é paixão.
*Com a colaboração de Darcio Oliveira

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