
Time venceu a Copa América, a Copa das Confederações e foi primeiro lugar na eliminatória. Técnico usou 64 atletas em pouco mais de três anos
Carlos Augusto Ferrari e Márcio Iannacca
Direto de Campo Grande
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A- A+ Agência/EFE
Classificado para a Copa, Dunga mostra competência no comando da seleção brasileira A nova Era Dunga começou no dia 16 de agosto de 2006, quando a seleção brasileira empatou em 1 a 1 com a Noruega, em Oslo, em um amistoso internacional. O confronto era o pontapé inicial para o trabalho do técnico, que pela primeira vez assumia o comando de uma equipe profissional. Campeão do mundo com o time canarinho em 1994 como jogador, ele aceitou o convite para cumprir uma nova missão: garimpar novos talentos e realizar uma renovação na equipe, que havia sido eliminada da Copa do Mundo da Alemanha de forma melancólica.
Na primeira Era Dunga, como jogador, ele viu o naufrágio do time comandado por Sebastião Lazaroni nas oitavas de final da Copa de 90, na Itália, na derrota para os argentinos. Quatro anos depois, a redenção. o time canarinho, que tinha Carlos Alberto Parreira como técnico, conseguiu o seu quarto título mundial. Em 98, porém, mais uma derrota. Desta vez, a França de Zidane derrubou a equipe brasileira de Mário Jorge Lobo Zagallo. Mas nada que mudasse a trajetória do atual treinador do Brasil defendendo a sua pátria.
Já como técnico, em sua primeira partida em Oslo, Dunga teve um resultado discreto. Daniel Carvalho, que hoje sequer é convocado, foi quem marcou o primeiro gol de uma equipe convocada pelo novo treinador. Daquele jogo em 2006 até o confronto da última quarta-feira, contra a Venezuela, em Campo Grande, pelas eliminatórias, o time disputou 50 partidas sob o comando do ex-jogador. Foram 34 vitórias, cinco derrotas e 11 empates.
OBSERVAÇÃO DE NOVOS JOGADORES
Desde que iniciou o seu trabalho na seleção brasileira, Dunga convocou 81 jogadores até a partida contra a Venezuela, na última quarta-feira, em Campo Grande. Ao todo, o treinador colocou em campo 64 atletas. Robinho, com 46 participações foi quem mais atuou com o treinador. O meia Zé Roberto, atualmente no Hamburgo, da Alemanha, foi chamado na primeira lista do técnico, mas pediu dispensa logo em seguida e não foi mais lembrado.
A primeira competição oficial do treinador no comando da seleção foi a Copa América de 2007. Sem a presença dos meias Kaká e Ronaldinho Gaúcho, que pediram dispensa, Dunga foi obrigado a montar uma nova equipe, que chegou a Venezuela desacreditada. Comandado por Robinho, o “novo” Brasil estreou com derrota para o México (2 a 0). No entanto, após uma campanha exuberante, o time canarinho goleou a Argentina na decisão por 3 a 0 e levantou o caneco em Maracaibo. Era o início da afirmação.
Dunga iniciou o seu trabalho de renovação apostando em novos talentos e atletas pouco aproveitados em competições anteriores. Porém, muitos jogadores chamados em 2006 já não figuram mais entre os prováveis convocados para a Copa do Mundo. São os casos de Daniel Carvalho, CSKA, Vágner Love, do Palmeiras, e Fred, do Fluminense, que tiveram oportunidades, mas não estão mais nos planos. O volante Mineiro, por exemplo, disputou 23 partidas e está praticamente descartado.
Por outro lado, nomes como o goleiro Victor, do Grêmio, e o lateral-esquerdo André Santos, do Fenerbahce, conquistaram suas vagas já no fim das eliminatórias e estão bem perto de chegar à Copa do Mundo de 2010. Na reta final para garantir uma vaga no Mundial, Ronaldo ainda corre atrás do sonho de disputar a sua última competição pela seleção. Tudo depende do peso do atleta, que vive uma briga constante bom a balança.
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