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domingo, 27 de dezembro de 2009

Vagner Love encontra torcida do Fla e já pensa em dupla com Adriano


Atacante se emociona com carinho dos rubro-negros e afirma que não há mais clima para continuar no Palmeiras



Vagner Love pisou no gramado do Maracanã, neste domingo, para enfrentar o Flamengo de Zico no Jogo das Estrelas. Mas a boa receptividade que teve da torcida rubro-negra e o longo abraço em Adriano mostram que está cada vez mais próximo o seu anúncio como jogador do clube da Gávea. O atacante não esconde que é esta a sua vontade, até porque, segundo ele, não há mais clima para continuar no Palmeiras.

Agredido por três torcedores do Alviverde, Vagner Love admite não ser ver mais no Palestra Itália. Sua vontade é retornar em breve ao Maracanã, mas para vestir a camisa vermelha e preta e realizar o sonho que é seu e de sua família.

Entrar no gramado do Maracanã e ver a torcida do Flamengo emocionou você?

Vagner Love - Lógico que mexeu comigo. Nasci em Bangu, sou carioca e sempre que tive oportunidade, vim ao Maracanã para torcer pelo Flamengo. Nunca neguei que sou torcedor do clube, mas sou profissional. Trabalho onde houver a melhor oportunidade. Tem muita gente pedindo para eu jogar aqui, principalmente da minha família. E essa é minha vontade também.

Neste domingo você teve uma conversa com o Adriano no campo. Já falaram sobre a possível dupla de ataque do Flamengo?

Espero muito ter a oportunidade de jogar ao lado do Adriano, assim como aconteceu na Copa América de 2004, pela seleção brasileira. Vamos formar uma grande dupla.

Então, o que falta para a sua chegada ao Flamengo?

Depende apenas da liberação do Palmeiras. Estão acontecendo muitas conversas e as chances são grandes. Espero que antes do fim do ano tudo esteja resolvido.

Ainda existe alguma condição de você retornar ao Palmeiras depois de tudo o que aconteceu?

Quero preservar minha segurança e a da minha família. É difícil voltar ao Palmeiras depois de tudo o que a torcida fez. Acharam que eu estava de sacanagem e fazendo corpo mole, mas não foi nada disso. Quero voltar para a minha terra, onde sei que não vai haver problema algum. Existe um clima ruim no Palmeiras, e quando a gente não está bem num lugar, tem que pegar as coisas e ir embora.

Atualmente suas tranças são azuis. Já é hora de trocar pelo vermelho?

Ainda não... Mas se tudo der certo, eu troco.

Dia de definição: Grêmio sabe nesta segunda se Maxi fica ou sai


A curiosidade dos torcedores do Grêmio será saciada nesta segunda-feira. Em reunião no Olímpico, o atacante Maxi López dirá ao clube se seguirá em Porto Alegre na próxima temporada ou se tentará novamente a sorte na Europa. O jogador tem proposta do Lazio, da Itália, convive com o desejo da família de ir para lá e deve mesmo rumar para Roma. Mas a diretoria tricolor mantém a esperança de contar com o atleta.

O Grêmio deixa nas mãos de Maxi López a decisão sobre seu futuro. Se ele não quiser ficar no clube, a diretoria não vai forçar a barra. A ideia é evitar uma briga judicial. O contrato é complexo, gera diferentes interpretações, mas o Tricolor não quer briga, e o atleta menos ainda

Por isso, o Grêmio decidiu que comprará 50% dos direitos econômicos de Maxi (por R$ 3,8 milhões), seja qual for a decisão dele. Se ele for embora, a ideia é lucrar agora. Se ele quiser ficar, o clube mantém o jogador e ainda ganha o direito de fazer dinheiro com ele no futuro.

O encontro no Olímpico reunirá a diretoria do Grêmio, Maxi López, o empresário do jogador, Dario Bombini, e um dos representantes do centroavante no Brasil, Rogério Braun. A definição deve sair até o fim da tarde.

Felipão confirma: 'Recebi uma proposta do Juventus, mas rejeitei'

O interesse do Juventus pelo técnico Luiz Felipe Scolari foi bem mais do que um rumor. Quem confirma é o próprio brasileiro. Em entrevista ao site oficial do Bunyodkor, clube do qual é o treinador, Felipão confirmou ter sido procurado, mas avisou que não aceitou o convite do clube italiano.

- Recebi uma proposta do Juventus, mas rejeitei porque estou completamente satisfeito com minhas condições no Bunyodkor. Tenho tudo o que preciso para realizar um trabalho confortável. Portanto, vou ficar no Uzbequistão até o término de meu contrato, independentemente de qualquer proposta que eu venha a receber ser boa - disse o treinador.

Felipão tem contrato até o fim de 2010 com a equipe uzbeque. O Juventus, por sua vez, ainda não demitiu o técnico Ciro Ferrara, mas passa por grave crise. A Velha Senhora foi eliminada na primeira fase da Liga dos Campeões e terminou 2009 nove pontos atrás do líder Inter de Milão no Campeonato Italiano

Zico e Romário selam a paz no 'Jogo das Estrelas' e fazem rubro-negros sonharem


Craques desfilam talento no campo do Maracanã e, ao lado do Imperador Adriano, formam ataque dos sonhos


Zico toca para Romário na entrada da área, que deixa Adriano na cara do gol. A cena certamente já fez parte do sonho de muitos torcedores do Flamengo e neste domingo ganhou forma e cor. Na sexta edição do "Jogo das Estrelas", promovido pelo Galinho, os craques do passado e do presente se encontraram no gramado do Maracanã para uma partida festiva, com caráter beneficente, mas que desta vez foi ainda mais especial.






Momento histórico: Romário festeja um dos gols de Zico no Jogo das Estrelas. Jorginho, auxiliar de Dunga na seleção brasileira, também participa da festa

O evento marcou o reencontro e a trégua de dois dos maiores jogadores da história do futebol mundial: Zico e Romário. O convite feito pelo eterno camisa 10 rubro-negro selou a paz. Há onze anos, o polêmico corte do ex-atacante às vésperas da Copa do Mundo de 1998, na França, deu início à relação turbulenta. À época se recuperando de uma lesão muscular, o Baixinho não disputou a competição, e a responsabilidade pela ausência acabou recaindo sobre o Galinho, então coordenador técnico da seleção brasileira.



- Fizemos tantas festas no Maracanã. E ele (Romário), que é um ícone do futebol brasileiro e do futebol carioca, não poderia faltar. A gente sempre vai embora dessa vida e vão ficar pendências. O importante é o coração. Meu coração já tirou todas as pendências. A gente aprende a aceitar as críticas com o passar dos anos. Às vezes nos deixamos levar por coisas que não falamos. Eu acho que isso tudo um dia termina. É bonito ver ele aqui participando e ele fazendo tudo para o Adriano fazer gol, mas o Adriano não quer consagrar a gente (risos) - disse Zico.

Em campo, muitos talentos divididos em duas equipes. O Flamengo, com jogadores das décadas de 80, 90 e do plantel atual, enfrentou a seleção dos Amigos do Zico, formada por ex-atletas e craques ainda em atividade, como Vagner Love, atacante do Palmeiras e que está perto de um acerto com o clube da Gávea, e Falcão, da seleção brasileira de futsal.



Ataque dos sonhos: Romário, Adriano e Zico A partida terminou com o placar de 5 a 5. Sobraram belos gols e lances geniais. Alcindo, com quem Zico jogou no Japão, abriu o placar com um toque sutil sobre Gilmar Rinaldi. Adriano e Zico pararam algumas vezes no goleiro Carlos Germano, ex-Vasco, mas quando Romário entrou na brincadeira pareceu mais fácil. No gol de empate, o Baixinho tocou, o Galo deixou a bola chegar no Imperador, que foi derrubado na área. Zico deu a bola para Adriano cobrar, mas o atacante rubro-negro retribuiu a gentileza ao dono da festa. Na cobrança, a categoria de sempre, bola na rede, e festa nas arquibancadas: 1 a 1.



A dupla Zico e Romário voltou a funcionar na hora da virada. Galinho e Baixinho tabelaram na entrada da área, o camisa 11 caiu, mas a bola sobrou para o camisa 10 deslocar Germano e virar: 2 a 1. Na comemoração, o maior ídolo rubro-negro fez reverência à torcida que tanto o aplaudiu no Maracanã.



Adriano foi quem teve mais chances no primeiro tempo, mas a pontaria não estava em dia. Os tradicionais cascudos não faltaram, mas desta vez foram de leve. Valia a festa.



- Perdi alguns gols, mas é uma brincadeira e está sendo um prazer. A felicidade é o que importa. É muito fácil jogar com eles (Zico e Romário). Têm uma visão diferente dos jogadores de hoje. Têm um algo mais - comentou o Imperador.



Djalminha ainda conseguiu empatar para os Amigos do Zico com um chute de fora da área: 2 a 2.



Romário deixa dois no segundo tempo



Alexandre Durão/GLOBOESPORTE.COM
Uma imagem vista mais de mil vezes: Romário comemora no Jogo das Estrelas As duas equipes sofreram muitas alterações no intervalo. Adriano, por exemplo, não voltou para a etapa final e passou em branco. Renato Gaúcho, técnico do Bahia, ganhou um lugar no ataque do time do Flamengo. Romário e Zico mantiveram a parceria, mas foi Ibson, do Spartak Moscou, da Rússia, quem deixou o Baixinho na cara do gol. Dá para imaginar no que deu? Bola na rede, e a comemoração tradicional com braços erguidos para céu: 3 a 2.



- Estou muito feliz e honrado de ter participado. A galera gostou e sonhou - disse Romário.



Os Amigos do Zico viraram o jogo. Falcão, do futsal, empatou com um lindo voleio, e Felipe Adão, filho do ex-atacante Cláudio Adão, fez o quarto. Cheio de vontade, Romário, que hoje é dirigente do América-RJ, foi consagrado mais uma vez por Ibson. Em jogada individual, o volante acabou derrubado na área. Na cobrança do Baixinho, a bola caprichosamente tocou o travessão antes de entrar: 4 a 4.
Empolgados, os mais de 70 mil torcedores presentes (55.821 pagantes) empurraram o time do Flamengo para a virada. E ela não demorou a sair. Na área, Renato Gaúcho tocou para Romário, que achou Zico livre. O Galinho só empurrou para marcar o quinto: 5 a 4. Logo após o lance, o maior jogador da história do Fla deixou o gramado aplaudido de pé. Ainda havia tempo para o empate. Bruno Morais deixou tudo igual: 5 a 5.



O Jogo das Estrelas 2009 arrecadou R$ 253.298,00. A renda da partida será dividida entre a família do ex-goleiro Zé Carlos, a família do ex-atacante Washington, do Fluminense, e também instituições de caridade

Jorginho cobra empenho e avisa aos Ronaldos: ‘Vontade eu também tenho’


Auxiliar de Dunga na seleção brasileira afirma que Fenômeno e Gaúcho precisam mostrar que são capazes dentro de campo para ir ao Mundial

Jorginho aceita o retorno dos Ronaldos à seleção, desde que ambos se empenhem O auxiliar de Dunga na seleção brasileira, Jorginho, afirmou que os Ronaldos, Fenômeno e Gaúcho, precisam se empenhar se quiserem garantir uma vaga no grupo que vai à Copa do Mundo na África do Sul.


– Vontade eu também tenho, mas já estou com 45 anos. Meu tempo já passou, assim como passa o de todo mundo. Admiro a vontade deles, mas, para voltar à seleção, é preciso mostrar também dentro de campo – disse Jorginho, em declaração ao jornal “O Dia”, na inauguração da estátua de Zico no Hall da Fama do Maracanã, no último sábado.

A convocação final dos 23 jogadores que vão à África do Sul sairá em maio, e Jorginho disse que ambos terão de esperar até a data limite para conhecerem seu futuro.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Fluminense segura pressão no Sul, fica na Série A e rebaixa o Coritiba


Tricolor arranca um empate heroico e Coxa cai no ano do seu centenário. Confusão e invasão de campo marcam fim do jogo


Marquinho festeja gol do Flu no Alto da GlóriaNo único duelo da última rodada do Campeonato Brasileiro em que os dois times brigavam contra o rebaixamento, a festa foi tricolor. O Fluminense arrancou um empate por 1 a 1 com o Coritiba neste domingo, no estádio Couto Pereira, e garantiu a permanência na elite em 2010 após uma invencibilidade de 11 jogos nas últimas rodadas (sete vitórias e quatro empates). Marquinhos fez o gol do Flu e Pereira igualou.

Este empate acabou rebaixando o time paranaense no ano de seu centenário. Outro resultado que determinou a queda do Coxa foi a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras por 2 a 1, no Engenhão. Os paranaenses terminaram na 17ª colocação, com 45 pontos e farão companhia a Santo André, Náutico e Sport. O Flu acabou em 16º, com 46, enquanto o Alvinegro foi o 15º, com 47.

Gols saem no primeiro tempo

Empurrado pela torcida, que fez uma linda festa antes da partida, o Coritiba começou em cima do Fluminense e criou sua primeira oportunidade de gol aos quatro minutos, quando Renatinho foi derrubado por Dalton na entrada da área. Marcos Aurélio cobrou com categoria e a bola passou à esquerda da meta de Rafael.

A resposta dos visitantes veio aos oito. Conca bateu escanteio pelo lado direito e Vanderlei saltou para evitar o gol olímpico do argentino. Aos 11, o Coxa voltou ao ataque. Marcelinho Paraíba desceu pela esquerda e tocou para Rodrigo Heffner, que fez o giro e bateu por cima.

Um lance polêmico gerou muita reclamação por parte do Flu aos 21 minutos. Após cobrança de escanteio, Fred deu leve desvio na bola e tirou de Vanderlei, mas Jeci chegou rapidamente e afastou quando a bola ia entrando. Os tricolores pediram gol, mas o árbitro mandou o jogo seguir.

Aos 26, finalmente a reda balançou no Alto da Glória. Fred rolou a bola na cobrança de falta e Marquinhos chutou com força, no canto esquerdo de Vanderlei: 1 a 0 Flu. O Coxa não se abalou com o gol e quase chegou à igualdade aos 30, quando Marcelinho soltou a bomba da entrada da área. A bola subiu muito.

De tanto pressionar, o time da casa conseguiu o empate aos 35. Marcelinho Paraíba bateu falta na cabeça de Pereira, que testou firme e Rafael não alcançou. No último bom momento da primeira etapa, Fred achou espaço para concluir da entrada da área, mas chutou muito fraco e facilitou a defesa de Vanderlei.

Pressão do Coxa, lágrimas e confusão no fim

O Fluminense voltou atrasado para o gramado e o segundo tempo começou no Couto Pereira quando a bola já estava rolando no Engenhão. Aos quatro minutos, Jailton fez falta dura em Alan e o atacante tricolor deixou o campo de maca, dando lugar a Adeílson. No embalo, Ney Franco tirou Pedro Ken e colocou Carlinhos Paraíba no Coxa.

Livre de marcação, Ariel teve a chance de virar o placar aos nove, mas bateu mal, em cima da zaga tricolor. Aos 15, outra baixa no Flu. Adeílson, que ficou pouquíssimo tempo em campo, saiu machucado e deu lugar a Equi Gonzalez.

A esta altura, o Botafogo vencia o Palmeiras por 2 a 0, resultado que deixava o jogo no Sul ainda mais dramático. Entretanto, as chances de gol eram escassas de ambos os lados. Marcelinho Paraíba chegou pela esquerda e cruzou aos 32, mas Rafael saiu bem do gol e tirou de soco.

Aos 37, Marcelinho Paraíba recebeu na área, fez o giro e Rafael voltou a aparecer bem. A pressão dos donos da casa foi muito grande nos últimos minutos. O time abusou das jogadas aéreas, mas a defesa tricolor segurou o resultado. Choro de tristeza nas arquibancadas do Couto Pereira. Alegria e alívio para o time de guerreiros do Flu, que conseguiu salvar a equipe quando poucos ainda acreditavam.

Após o apito final, cenas lamentáveis. Torcedores do Coritiba invadiram o gramado para agredir o árbitro gaúcho Leandro Vuaden. A Polícia Militar teve de intervir e houve confronto generalizado. Cadeiras do estádio foram destruídas por vândalos.

Botafogo vence por 2 a 1, foge da degola e tira o Palmeiras da Libertadores

A partida reunia duas equipes em situação complicada, dentro de suas realidades. Mas foi o Botafogo que saiu de campo em êxtase com a vitória por 2 a 1, neste domingo, no Engenhão. Não era a comemoração de um título, como poderia acontecer com o Palmeiras, mas a permanência na Primeira Divisão. E, com o resultado, foi o time paulista que deixou o campo vivendo um drama, pois a derrota significou o fim do sonho de uma vaga na Libertadores no ano que vem.

A vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Santos rebaixou o Palmeiras para a quinta posição, com os mesmos 62 pontos dos mineiros, mas uma vitória a menos. Assim, após liderar o Campeonato Brasileiro durante 19 rodadas, o Palmeiras terá de se contentar com a Copa Sul-Americana no ano que vem. Já os botafoguenses, que estiveram na zona da degola por 21 rodadas, terminaram o jogo consagrados como heróis.





Ambiente tenso para os dois times



Como era de se esperar, a partida começou em clima tenso, depois da festa de fogos e fumaça colorida feita pelos torcedores do Botafogo na entrada dos jogadores em campo. Apesar do conforto da arquibancada, o time da casa mostrou uma atitude inicial de extrema desatenção, que o Palmeiras tentou aproveitar chegando com perigo.

Diego Souza teve a primeira boa chance do jogo, cabeceando para fora, e Deyvid Sacconi também assustou num chute que obrigou Jefferson a fazer boa defesa. O Botafogo não conseguia acertar sua marcação e era obrigado a cometer faltas próximas de sua grande área, mas o Palmeiras não conseguia transformá-las em gols.

Enquanto no Engenhão a tensão era grande, o Internacional vencia com folga o Santo André, e o Flamengo empatava com o Grêmio. Os resultados impediam o título do Palmeiras, que parecia sentir a responsabilidade e, aos poucos, foi cedendo espaços para o Botafogo. Foram do Alvinegro, inclusive, as chances mais claras do primeiro tempo. Aos 37 minutos, Lucio Flavio recebeu cruzamento de Jobson e, livre, dentro da pequena área, cabeceou para fora. Aos 45, foi a vez de Reinaldo ficar frente a frente com Marcos e chutar em cima do goleiro.

A essa altura, era evidente a tática do Palmeiras de segurar o jogo e se garantir na Libertadores do ano que vem. Ao se dirigir para o vestiário no intervalo, o goleiro palmeirense Marcos deixou clara a estratégia da equipe no Engenhão:

- Não interessa quem vai ser campeão. Interessa que nós cheguemos numa boa colocação para escaparmos da pré-Libertadores - disse.





Botafogo, enfim, aproveita suas chances



O início do segundo tempo parecia uma repetição do primeiro. O Botafogo começou em câmera lenta, e o Palmeiras com maior domínio da partida. Mas a diferença é que, desta vez, o time da casa conseguiu aproveitar a oportunidade que teve. Lucio Flavio cobrou falta sofrida por Alessandro, e Wellington subiu mais do que a marcação, cabeceou e abriu o placar aos 11 minutos.

Imediatamente, Muricy Ramalho, que havia iniciado a segunda etapa com o volante Sandro Silva no lugar do meia ofensivo Deyvid Sacconi, viu-se obrigado a novamente investir na ofensividade do Palmeiras. Por isso, tirou Edmílson de campo e promoveu a entrada do atacante Robert. Mas, neste momento, era o Botafogo, empurrado por sua torcida, que mais ameaçava.

O resultado não demorou a aparecer. Aos 20 minutos, Renato, na base da trombada, ganhou da marcação dentro da grande área. A defesa do Palmeiras parou e apenas viu o meia tocar com categoria para Jobson, que apareceu em velocidade, tocar no canto direito de Marcos, fazendo 2 a 0 aos 20 minutos.



Já abatido após o primeiro gol do Botafogo, o Palmeiras mostrou-se inofensivo quando o time da casa ampliou o placar. A equipe de Muricy Ramalho, mesmo sem saber que quase no mesmo momento o Cruzeiro vencia o Santos e tirava seu lugar na Libertadores do ano que vem, não conseguia articular jogadas ofensivas, enquanto o Alvinegro se fechava para garantir a vantagem. Cada desarme era comemorado como um gol por jogadores e torcedores botafoguenses.

Alguns torcedores palmeirenses deixaram mais cedo o Engenhão, inconformados com o resultado, e ainda perderam o gol de honra: Robert, dentro da área, chutou no cantinho, aos 46 minutos. O time acordou e ainda ensaiou uma estratégia desesperada de ataque, mas não conseguiu o empate - que lhe daria de volta a vaga na Libertadores. O Botafogo segurou o 2 a 1 no placar e a sua permanência na elite do futebol brasileiro.





Ficha técnica:


BOTAFOGO 2 x 1 PALMEIRAS
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego; Leandro Guerreiro, Fahel, Lucio Flavio (Jônatas) e Renato (Thiaguinho); Jobson e Reinaldo (Victor Simões). Marcos, Figueroa, Danilo, Maurício e Armero (Wendel); Edmílson (Robert), Pierre, Cleiton Xavier e Deyvid Sacconi (Sandro Silva); Diego Souza e Vágner Love.
Técnico: Estevam Soares. Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Wellington, aos 11, e Jobson, aos 20, e Roberto, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diego (Botafogo); Deyvid Sacconi, Armero, Sandro Silva (Palmeiras). Público: 38.717 presentes. Renda: R$ 300.279.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 06/12/2009. Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa/RS). Auxiliares: Erich Bandeira (Fifa/PE) e José Antônio Franco Filho (RS).

Com show de Washington, São Paulo bate Sport e se garante na Libertadores 2010


O tão esperado milagre não aconteceu e o São Paulo, que sonhava com o heptacampeonato nacional, terminou sua participação no Campeonato Brasileiro de 2009 com uma vaga assegurada na Taça Libertadores da América do ano que vem. Com belo futebol no segundo tempo e ótima atuação de Washington, a equipe comandado por Ricardo Gomes goleou o já rebaixado Sport por 4 a 0, em partida realizada no estádio do Morumbi. (Reveja ao lado o gol marcado por Washington)



CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO FINAL DO CAMPEONATO BRASILEIRO



Primeiro tempo equilibrado



Precisando de uma complexa combinação de resultados, o São Paulo tomou a iniciativa e armou uma blitz no início da partida. Com marcação forte na saída de bola adversária, a estratégia era marcar um gol com rapidez para depois procurar o placar necessário. Só que o time do Morumbi não esperava encontrar um Sport bem colocado em campo.





Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
Tricolor sofreu com a marcação rival no início O time pernambucano, já rebaixado, postou seu time no 3-5-2, mas com peças excessivamente recuadas. Na marcação, eram até sete jogadores, o que dificultava as coisas para o meio são-paulino, que insistia nas tabelas pelo meio. A primeira chance de gol tricolor veio aos 11, quando Hernanes bateu falta e Magrão espalmou. No lance seguinte, após tabela entre Dagoberto e Hernanes, a bola sobrou para Washington, que foi travado na hora do chute.


Para complicar ainda mais para o Tricolor, o Sport, timidamente, começou a sair para o ataque. Inteligentemente, o técnico Levi Gomes pediu para o time explorar as costas dos dois alas são-paulinos. Tanto Jean, quanto Jorge Wagner, subiam muito para o ataque e não voltavam para compor a marcação com a mesma rapidez. Com isso, Renato Silva, pela direita, e Miranda, pela esquerda, eram obrigados a fazer o combate na intermediária.


O Sport deu dois sustos consecutivos ao torcedor são-paulino presente ao Morumbi. Aos 21, Fininho cobrou escanteio pela esquerda e a bola sobrou para Durval que, de pé esquerdo, bateu de primeira, no canto esquerdo de Rogério Ceni, que mostrou reflexo e fez grande defesa. Dois minutos depois, foi a vez de Wilson descer pela esquerda e cruzar na medida para Fabiano que, livre de marcação, cabeceou por cima do gol de Rogério Ceni, perdendo uma grande oportunidade. Logo depois, o placar eletrônico do Morumbi anunciou o gol do Grêmio no Maracanã, contra o Flamengo, e o torcedor são-paulino comemorou como se fosse um gol.


Essa euforia deu novo combustível ao confuso São Paulo, que só voltou a chegar com perigo ao ataque aos 29, quando Jorge Wagner recebeu de Dagoberto dentro da área e disparou uma bomba de pé esquerdo. Magrão trabalhou pela primeira vez na partida. Três minutos depois, Hernanes cobrou falta pela esquerda, a bola atravessou toda a área e foi no canto direito do goleiro do Sport, que conseguiu se esticar e fez um milagre para evitar o gol.





Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM
Washington comemora gol com os companheiros Aos 32, as coisas se complicaram para o Sport. O lateral-direito Moacir, que já tinha cartão amarelo, fez nova falta e acabou expulso. Com um homem a mais em campo, o Tricolor não precisou mais do que três minutos para abrir o marcador. Aos 35, Dagoberto tabelou com Washington, que devolveu para o camisa 25 dentro da área. Ele foi travado pela marcação pernambucana e a bola sobrou limpa para Washington que, de pé direito, bateu no canto esquerdo de Magrão, marcando o seu 14º gol no Campeonato Brasileiro. Festa no Morumbi.


O que certamente se transformaria em uma partida tranqüila para o São Paulo se complicou aos 39. Após passe errado de Hugo no meio-campo, Renato Silva cometeu uma falta no meio-campo e, como já tinha cartão amarelo, foi bem expulso pelo juiz Sandro Meira Ricci. Nos minutos finais, o Sport voltou a pressionar, mas a defesa do Tricolor conseguiu evitar o empate.



Ceni marca logo no começo do segundo tempo



Os dois times voltaram sem alterações para o recomeço da partida. Porém, com cinco minutos, o técnico Ricardo Gomes foi obrigado a queimar uma mudança, já que André Dias sentiu lesão muscular. Sem zagueiros de ofício no banco de reservas, o treinador preferiu improvisar o volante Zé Luis no setor.



Mesmo sabendo que o título ficava cada vez mais impossível, o Tricolor foi para o ataque para aumentar a sua vantagem. Aos 7, saiu o segundo gol. Dagoberto fez brilhante jogada individual, passou por três marcadores e, na entrada da área, acabou derrubado. Na cobrança, Rogério Ceni, de pé direito, bateu com muita categoria, no canto esquerdo de Magrão, que saltou e não alcançou. (Reveja ao lado o gol marcado pelo camisa 1).



Na sequência, o terceiro gol só não saiu porque Washington perdeu grande chance. Ele recebeu cruzamento rasteiro de Jean e, cara a cara com Magrão, chutou por cima do gol.



Mas havia tempo para o atacante se redimir. E foi em grande estilo. Aos 20, Dagoberto arrancou pelo meio, foi para a esquerda e tocou para Hugo na direita. O meia fez lançamento primoroso na área para Washington que, matou no peito, girou e bateu de primeira, no canto direito de Magrão. Um golaço. Rapidamente, o camisa 9 foi abraçado pelos companheiros e ovacionado pelos mais de 30 mil presentes ao Morumbi. (Assista novamente ao lance)



Depois, foi só esperar o tempo passar. Mas Washington ainda resolveu ir para as redes mais uma vez. Aos 44, ele aproveitou toque de Junior Cesar, que dividiu com Magrão e só empurrou para as redes: 4 a 0. Na sequência, o juiz Sandro Meira Ricci apitou o final da partida e os jogadores, todos juntos no gramado, agradeceram o apoio dos torcedores que, de pé, cantaram o hino e aplaudiram muito.



Ficha técnica:


SÃO PAULO 4 x 0 SPORT
Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias (Zé Luis) e Miranda; Jean, Arouca, Hernanes, Hugo (Junior Cesar) e Jorge Wagner; Dagoberto (Marlos) e Washington. Magrão; Igor, César e Durval; Moacir, Hamilton, Fabiano (Jonas), Fininho (Freire) e Dutra; Wilson e Vandinho (Arce).
Técnico: Ricardo Gomes. Técnico: Levi Gomes.
Gols: Washington, aos 35min do 1º tempo. Rogério Ceni, aos 7 e Washington, aos 20min e aos 44min do 2º tempo
Cartões amarelos: Zé Luis e Arouca (São Paulo). Dutra e Vandinho (Sport). Cartões vermelhos: Renato Silva (São Paulo) e Moacir (Sport)
Estádio: Morumbi. Data: 06/12/2009. Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF). Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e César Augusto de Oliveira Vaz (DF). Renda e Público: R$ 1.136.575,00 / 30.937 pagantes

Inter vence e sente o gosto do título, mas fica com o vice do Brasileirão


Foi mais de uma hora de tensão, de unhas roídas, de lágrimas quase saltando dos olhos, de esperança cada vez mais forte. Mas não deu. O Inter venceu o Santo André por 4 a 1 na tarde deste domingo, no Beira-Rio, e sentiu o gosto do título enquanto o Grêmio segurou o Flamengo no Maracanã. O problema para os colorados é que o Rubro-Negro virou o jogo no Rio de Janeiro para 2 a 1. O time carioca é o campeão do Brasileirão. O Ramalhão, com a derrota, está rebaixado.

Assim, o Inter acumula o terceiro vice-campeonato do ano e mantém o jejum de três décadas sem o principal título nacional. A temporada do centenário termina com as conquistas do Gauchão e da Copa Suruga e com o 'quase' na Copa do Brasil, na Recopa e no Brasileiro. O consolo é a determinação mostrada pelo time vermelho, que venceu os últimos quatro jogos no Nacional. No ano que vem, a equipe volta à Libertadores da América, competição que não disputou este ano.

Na despedida do técnico Mário Sérgio, o Inter não teve grandes problemas para fazer 4 a 1 no Santo André. Alecsandro, Índio, Andrezinho e Giuliano fizeram os gols colorados. Nunes descontou.



Confira a classificação final do Campeonato Brasileiro



Tensão e esperança: Inter fecha primeiro tempo com o título



Maracanã, 21 minutos do primeiro tempo: gol de Roberson! Beira-Rio entra em ebulição com a ajuda do Grêmio. A cena beira o absurdo. Uma camisa tricolor é balançada freneticamente nas arquibancadas da casa dos colorados. Segundos depois, Kleber cruza, Alecsandro (impedido) completa. Gol do Inter! Incrível: em menos de um minuto, o milagre ganhou forma. Naquele instante, o Colorado estava sendo campeão brasileiro (assista ao vídeo ao lado).

A desconfiança virou esperança em Porto Alegre. No Maracanã, o Grêmio mostrava vontade, atacava, dava sinais de que a conversa de entregar o jogo jamais passou de lorota. No Beira-Rio, o Inter controlava a tensão, dominava o jogo, diminuía o montante de erros conforme o tempo passava. Era um jogo duplo: metade em Porto Alegre, metade no Rio de Janeiro.

O Beira-Rio viveu momentos de absoluto delírio. E aí saiu o gol de empate do Flamengo no Maracanã para deixar os colorados apreensivos. O silêncio durou até Kleber cruzar da esquerda, Taison desviar de cabeça, e Índio completar para o gol. Eram 33 minutos. Com o 2 a 0, o Inter garantia sua parte. Restava a ajuda do Grêmio.

Foi um primeiro tempo para resumir aquele que talvez tenha sido o dia mais estranho que o futebol gaúcho já viveu, com colorados torcendo mais pelo Grêmio do que os gremistas. O Inter começou atrapalhado, com problemas na retaguarda. A defesa comeu mosca, quase foi vazada. O Santo André ameaçou e foi ameaçado. Taison quase fez duas vezes. E aí pintou o gol do Grêmio. E o gol do Inter. E o do Flamengo. E mais um do Inter. A loucura do futebol, as atlernativas que só o futebol permitem, foi sintetizada em pouco mais de 45 minutos. Quando terminou o primeiro tempo, o Inter estava sendo campeão brasileiro.



Gols e decepção no segundo tempo



Agência/VIPCOMM
Festa em vão: Inter vence, mas é vice A segunda etapa, para os colorados presentes no Beira-Rio, foi mais de ouvidos no rádio do que de olhos no campo. O jogo do Maracanã interessava mais. E de lá veio a decepção. Ronaldo Angelim virou o jogo para o Flamengo sobre o Grêmio aos 24 minutos. A dor bateu forte nos colorados, que silenciaram por alguns minutos no Gigante. O título estava perdido.

Restou jogar bola, torcer por uma ajuda do maior rival e terminar o Brasileirão da melhor maneira possível. Andrezinho, de falta, fez o terceiro gol. A cobrança foi uma obra-prima. Aos 22 minutos, ele colocou a bola no ângulo direito do goleiro Júlio César. Giuliano, de cabeça, ainda fez o quarto aos 38. Nunes, de pênalti, descontou aos 40.

A torcida comemorou os gols vermelhos porque tinha que comemorar. Festa mesmo, só se do Maracanã viesse um gol do Grêmio. Mas não veio. E o Inter teve que aceitar a realidade do vice-campeonato. Realidade dura para um time que foi campeão brasileiro por mais de uma hora...



Ficha técnica:


INTERNACIONAL 4 x 1 SANTO ANDRÉ
Lauro, Danilo Silva, Índio, Bolívar e Kleber (Talles Cunha); Sandro, Giuliano, Andrezinho (Fabiano Eller) e D’Alessandro; Taison e Alecsandro (Marquinhos). Neneca (Júlio César), Rômulo, Marcel, Vinícius Orlando e Arthur; Ricardo Conceição, Camilo (Fernando), Júnior Dutra e Marcelinho Carioca (Rodriguinho); Wanderley e Nunes.
Técnico: Mário Sérgio. Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Alecsandro, aos 21, e Índio, aos 33 do primeiro tempo. Andrezinho, aos 22, Giuliano, aos 38, e Nunes, aos 40 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Talles Cunha (Interncional);Júnior Dutra, Ricardo Conceição e Vinícius Orlando (Santo André).
Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre. Data: 06/12/2009. Árbitro: Jaílson Macedo Freitas. Auxiliares: Adson Márcio Lopes Leal (BA) e Belmiro da Silva (BA).

Público pagante: 32.798. Renda: R$ 591.785,00

Na cabeça de Angelim, Flamengo encontra o alívio e conquista o hexa


Em jogo tenso, time rubro-negro vence Grêmio por 2 a 1 e acaba com jejum de 17 anos sem conquistar o Brasileiro

Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro
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Ronaldo Angelim costuma dizer que sua maior vaidade é assistir ao Flamengo vencer. Neste domingo, certamente está se sentindo vaidoso como nunca. E graças a uma cabeçada certeira dele. Com sofrimento e dificuldade até o fim, o Rubro-Negro venceu o Grêmio por 2 a 1, no Maracanã, e conquistou o Campeonato Brasileiro pela sexta vez.

Mas para acabar com o jejum de 17 anos sem conquista, o time e a torcida sofreram. Foram 90 minutos de agonia, sem jogar bem, mas que entraram para a história. Pressionado pela própria torcida para entregar e não ajudar o rival Inter, o Tricolor Gaúcho entrou em campo com apenas três titulares. E não aliviou. Abriu o placar e tentou o empate até o fim.

Em tarde de Maracanã lotado, com quase 85 mil presentes, Adriano e Petkovic não brilharam. Nem a torcida. A aflição e a carência do título foram preponderantes para o estádio ficar calado, com os nervos à flor da pele, durante a maior parte do tempo. Euforia só nos gols de David e Ronaldo Angelim, que garantiram a festa. O Fla fechou o torneio com 67 pontos, dois a mais do que o vice Inter. O Tricolor gaúcho fecha o ano em oitavo, com 55.




Cercado pelos companheiros, Ronaldo Angelim comemora o gol do título Sem essa de entregar


A festa começou, curiosamente, com uma música “copiada” do principal concorrente ao título. No ritmo de “Brasília Amarela”, a torcida do Flamengo saudou a entrada do time em campo. A proximidade do título e o Maracanã superlotado levaram muitos torcedores às lágrimas. Mas, ao contrário do que diz a letra do cântico, a festa não começou.

Quando a bola rolou, o time e a torcida demoraram a acordar. Apesar de dizimado por desfalques e dos gritos de “entrega” vindos das arquibancadas do Fla, o Grêmio começou a partida ligado na tomada.

Aos dois minutos, Túlio, que textualmente afirmou “odiar” o Flamengo quando jogava no Botafogo, arriscou de fora da área e levou perigo ao gol de Bruno.

Estranhamente apático nos dez minutos iniciais, o time mandante só saiu do cerco gremista aos 12. Aírton fez lindo lançamento de trivela. Adriano ajeitou para a perna esquerda, mas foi bloqueado. A bola sobrou novamente no pé bom do atacante após cobrança de escanteio. Desta vez, a finalização saiu por cima do travessão.

Parecia o início da pressão rubro-negra. Mas não passou disso. A torcida continuou muda. E o Grêmio sentiu-se senhor da situação. Após cobrança de escanteio, aos 21, Roberson se antecipou à zaga na primeira trave e abriu o placar. Curiosamente, os poucos tricolores gaúchos presentes no Maracanã não comemoraram.

Aflição e ansiedade se confundiam entre os flamenguistas. Principalmente porque o Inter abriu o placar contra o Santo André. Pet cobrou escanteio da direita e, em uma bola quase perdida na área, Adriano dividiu com a zaga e, na sobra, David bateu de primeira no canto direito, aos 29 minutos. Mais do que o empate, saía o alívio momentâneo. A torcida, enfim, mostrou força.

Mas o time prosseguiu rateando. Zé Roberto, muito mal no jogo, perdeu chance clara aos 35. Já nos acréscimos, Adriano bateu falta lateral com força e Marcelo Grohe espalmou.



Ronaldo Angelim, o Magro de Aço, entra para a história



No intervalo, Andrade criticou a atuação do Flamengo e pediu mais iniciativa e dedicação.

- Parece que o Grêmio é que veio aqui disputar o título. Tem que ter atitude.

Os jogadores armaram uma corrente no meio-campo e a torcida despertou. Só que a primeira chance foi do Grêmio. Douglas Costa, aos dois minutos, quase acertou o ângulo esquerdo em cobrança de falta.

Aos três, Petkovic cobrou escanteio da direita, Adriano subiu sozinho na entrada da pequena área, cabeceou para o chão, mas mandou para fora. Em outra bola cabeceada, desta vez por Aírton, Marcelo Grohe voou e salvou o Grêmio, aos sete.

Léo Moura e Willians, ambos aos 11, estiveram perto de virar o placar. Àquela altura, o Grêmio só se defendia. E o Flamengo errava. Erros bobos, que evidenciaram a tensão permanente.

Andrade pôs Everton. Mas Pet continuou errando. Juan lançou Adriano aos 23. Era a chance de o Imperador fazer o gol do título. Olhou, tentou a cavadinha, mas Marcelo Grohe fez uma defesa espetacular.

Se os astros do time não colaboraram, coube novamente a um zagueiro salvar, aos 24 minutos. Petkovic bateu escanteio da esquerda, Ronaldo Angelim subiu no meio da área e testou no canto esquerdo: 2 a 1.

O gol não pôs fim ao jogo. Aos 32, Lucio cobrou falta de longe, a bola quicou e Bruno espalmou. Livre na pequena área, Maylson chutou para fora. Adriano recebeu ótima bola aos 40, mas se enrolou e Marcelo Grohe salvou.



O apito final seguido pela explosão de alegria no Maracanã só veio após três minutos de acréscimos e pressão gremista, com direito ao goleiro Bruno passeando pela área com a bola nos pés para fazer o tempo passar.



Ficha técnica:


FLAMENGO 2 x 1 GRÊMIO
Bruno, Léo Moura, David, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Toró (Everton), Willians e Petkovic (Fierro); Zé Roberto (Kléberson) e Adriano. Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Léo, Willian Thiego e Fábio Santos; Adílson (Mithyuê), Túlio, Lúcio e Maylson; Douglas Costa e Roberson (Bérgson).
Técnico: Andrade. Técnico: Marcelo Rospide.
Gols: Roberson, aos 21 e David, aos 29 minutos do primeiro tempo. Ronaldo Angelim, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: David, Willians (Flamengo); Douglas Costa, Marcelo Grohe, Lúcio, Adílson (Grêmio).
Estádio: Maracanã. Data: 06/12/2009. Árbitro: Heber Roberto Lopes. Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Carlos Berkenbrock (SC). Renda e público: R$ 2.030.430,00 / 78.639 pagantes (84.848 presentes).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Diretoria colorada decide 'calar' jogadores por dois dias


O Internacional resolveu fechar o bico. Por determinação da diretoria do clube, os jogadores não concederão entrevistas nem na sexta-feira, nem no sábado. Na tarde desta quinta, após o treinamento fechado no Beira-Rio, eles falarão normalmente. Depois, só no domingo, depois do jogo contra o Santo André.

A ideia da diretoria vermelha é evitar polêmica nos últimos dias do Campeonato Brasileiro. A medida é reflexo imediato do fato de o Inter precisar do Grêmio para ser campeão nacional. Os dirigentes querem concentração exclusiva na partida contra o Santo André, sem comentários sobre o rival.

O técnico Mário Sérgio dará entrevista normalmente na sexta-feira. Os dirigentes seguirão falando com os jornalistas. A medida é válida apenas para os atletas, que já haviam firmado uma espécie de pacto para interromper os comentários sobre o Grêmio.

Mano sobre Libertadores-2010: ‘É um campeonato que não é para meninos’


Em 2010, ano do centenário do Corinthians, a equipe terá como principal objetivo a conquista da Taça Libertadores da América. A competição, jamais vencida pelo clube, é uma obsessão para os alvinegros. Até por isso é que o planejamento está sendo feito com todo o cuidado. É também por isso que o técnico Mano Menezes avisa que esse tipo de campeonato é para jogador com certa bagagem no futebol.

- Você precisa aliar essas coisas (experiência e juventude). Nós temos muitos atletas jovens, como Jucilei, Elias, Defederico, Felipe... e vamos colocar outros jogadores mais experientes. É um campeonato que não é para meninos. Você não pode abrir mão de ser forte fisicamente – declarou o comandante, em participação no "Arena SporTV".

Atualmente, os jogadores mais experientes do elenco do Timão são Alessandro, Chicão, William, Edu e Ronaldo. Vão se juntar a eles nessa turma Roberto Carlos, Tcheco e Iarley. Os três já acertaram com o Corinthians, mas ainda não foram anunciados oficialmente porque não assinaram contrato.

Todos eles foram procurados pelo Timão por conta da experiência, tão necessária na Libertadores. E por falar nela novamente, o grupo do Corinthians na competição terá o paraguaio Cerro Porteño, um representante da Colômbia e o vencedor do duelo entre o Racing, do Uruguai, e outro time colombiano.

- O Cerro é uma viagem tranquila, a Colômbia já é um pouco mais longe... E ainda podemos ter mais um colombiano ou então um uruguaio. O que sei é que o Cerro é um time duro, sempre complicado. Mas ainda temos de esperar um pouco mais para começarmos a observar os adversários – finalizou Mano.

Neste sábado, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, o Corinthians faz sua última partida no Campeonato Brasileiro e entra em férias. O retorno às atividades está marcado para 4 de janeiro. Até o dia 5 serão realizados os exames. Depois disso, a partir do dia 6, a delegação viaja para a pré-temporada em Itu, interior paulista

Botafogo x Palmeiras: cerca de 22 mil ingressos vendidos para a 'decisão'


Equipes duelam domingo, no Engenhão, na última rodada do Brasileiro, e terceiro dia de vendas registra mais um aumento na procura dos bilhetes

GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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A- A+ No terceiro dia de comercialização, o Botafogo contabilizou novo aumento na saída de ingressos para a torcida alvinegra: aproximadamente nove mil bilhetes foram vendidos nesta quinta-feira, e agora já são quase 22 mil da carga de 40 mil disponibilizada para o jogo contra o Palmeiras, que será realizado domingo, às 17h, no Engenhão - na terça-feira foram seis mil vendidos, e na quarta, sete mil. A venda segue até o dia da partida.



Os bilhetes, que custam entre R$ 5 (meia-entrada) e R$ 10 (inteira), estão à venda em General Severiano e no Engenhão (das 10h às 17h) e em outros postos credenciados.



O Setor Sul do Engenhão será destinado exclusivamente à torcida visitante, e o valor do ingresso é mais caro: a inteira custa R$ 40, e a meia, R$ 20. Para os cinco demais setores (Norte, Oeste Inferior e Superior e Leste Inferior e Superior) os preços são os mesmos.



A diretoria promoveu para os torcedores alvinegros uma redução de 50% no valor normal dos bilhetes, à exceção do Setor Oeste Inferior, que tem as entradas mais caras. Neste caso, os ingressos estão 75% mais baratos.



No dia da partida, a venda de ingressos ocorrerá em todas as bilheterias do estádio, a partir das 13h. O torcedor terá acesso apenas ao setor no qual vai comprar sua entrada.



Caso consiga vencer o duelo, o Alvinegro se livrará do rebaixamento, pois depende apenas de suas forças para escapar da Série B, e a última "vaga" ficará entre Coritiba e Fluminense, que duelam no Couto Pereira. Se empatar, o Glorioso terá de torcer por uma vitória do Tricolor, que também continuaria na elite do futebol nacional - o Coxa cairia no ano do seu centenário. Uma derrota sacramentará a queda do Botafogo, independentemente do resultado no Paraná.
A equipe paulista luta pela vitória para manter vivo o sonho do título brasileiro. Mas para conquistar o pentacampeonato, tem de vencer e torcer por derrotas de Flamengo e Internacional diante de Grêmio e Santo André, respectivamente. Se os rivais na luta pela taça empatarem, os três podem terminar empatados com 65 pontos e 18 vitórias. Assim, será conhecido aquele que tiver melhor saldo de gols. O Verdão leva vantagem sobre o Rubro-Negro, mas tem quatro a menos que o Colorado, o que o força a conseguir uma goleada no Engenhão.



Preços:


Setor Sul (visitante): R$ 40 inteira / R$ 20 meia
Setor Norte: R$ 10 inteira / R$ 5 meia
Setor Leste Superior: R$ 10 inteira / R$ 5 meia
Setor Leste Inferior: R$ 10 inteira / R$ 5 meia
Setor Oeste Superior: R$ 10 inteira / R$ 5 meia
Setor Oeste Inferior: R$ 10 inteira / R$ 5 meia (www.ingressomais.com.br)



Locais de venda antecipada:



Sede de General Severiano, Engenhão e postos credenciados.

Postos Credenciados:

Postos de Gasolina
BR Parque das Rosas: Avenida das Américas 3757 – Barra da Tijuca
BR Piraquê: Avenida Borges de Medeiros, s/n – Lagoa
BR Radial Oeste: Avenida Presidente Castelo Branco – Tijuca
BR Piratininga – Avenida Almirante Tamandaré – 665
BR Jacarepaguá - Estrada dos Bandeirantes
Posto Shell – Avenida Roberto Silveira 9 – Icaraí
Posto Shell – Rua Felipe Cardoso, 1975 – Santa Cruz

Agências de Turismo / Lojas
Levi’s Petrópolis: Rua Dr. Nelson de Sá Earp, 88 lj39 – Petrópolis
Zoar Centro - Av. Graça Aranha, 81 sl613 - Centro
900 Graus: Praça Porto Rocha, 6 loja – Cabo Frio
900 Graus: Rua Professor Francisco Fonseca, 423 Bacaxá – Saquarema
900 Graus: Avenida John Kennedy, 292 loja 128 – Araruama
Acr Caxias: Rua José de Alvarenga, 200 – Centro de Caxias
Banco de Areia: Shopping Downtown – Barra

Lojas South
Búzios - Av. José Bento Ribeiro Dantas
Plaza Shopping – Niterói
Shopping Grande Rio – São João de Meriti
West Shopping – Campo Grande
São Gonçalo Shopping
Madureira Shopping
Shopping Nova América – Del Castilho
Carioca Shopping – Vicente de Carvalho
Center Shopping – Jacarepaguá
Passeio Shopping – Campo Grande
Santa Cruz – Rua Felipe Cardoso
Bangu Shopping
Botafogo Praia Shopping
Caxias Shopping
Via Parque Shopping – Barra

Com ofertas de fora, Washington queria mais apoio e decide futuro na segunda


O título brasileiro ainda é o objetivo de Washington, mesmo com o São Paulo dependendo de outros resultados. Mas, a partir de segunda-feira, o atacante começa a decidir o seu futuro, que pode ser longe do clube paulista. O jogador reafirmou que tem propostas concretas do exterior e ainda não conversou com o Tricolor sobre uma possível renovação. Ele deixa para resolver tudo ao fim do Brasileirão .



- A chance de eu ir para o exterior existe e é real. De repente pode não ser Europa, mas há, com certeza. Não me envolvo nisso agora, é hora de ajudar o São Paulo a chegar ao topo. Não preciso comunicar ofertas ao clube porque meu contrato termina agora em dezembro. Mas sempre dou preferência ao clube que estou. Se a diretoria já entrou em contato com o Gilmar eu não sei, até porque pedi a ele que não me falasse nada por enquanto. Na segunda-feira sim, devemos conversar umas três horas sem parar - ressaltou o camisa 9, citando o empresário, Gilmar Rinaldi.



O São Paulo já fez ao procurador de Washington a menção de querer conversar, mas o papo ficou mesmo marcado para depois da competição. O fato de ser ou não campeão não vai interferir na decisão de permanecer, garante o Coração Valente, que pode fazer contra o Sport , neste domingo, seu jogo de despedida pelo Tricolor.



- Vou jogar como em uma final de campeonato, continuar dando a minha vida, e depois vou pensar. O campeonato não acabou, há chances e só semana que vem vou começar a ver as possibilidades. Claro que vontade de continuar eu tenho, mas vamos esperar as coisas acontecerem. Ficar aqui ou sair não passa por um possível título, e o que conta é meu histórico, isso que me dá um contrato. Mas claro que a conquista seria importante para mim e para o São Paulo - explicou.



Washington esperava mais apoio, mas nega mágoa



Mesmo se o título brasileiro não vier, Washington vai terminar a temporada como artilheiro isolado do São Paulo, com 29 gols, 14 deles no Brasileiro. Um número bastante expressivo para um jogador que alternou atuações com a reserva e ainda precisou suportar a cobrança da torcida, que o vaiou em diversos momentos. Ele revela que talvez tivesse sido ainda mais decisivo se contasse com mais apoio, mas negou que esteja magoado.



- Magoado não. Claro que sofri cobrança maior durante o ano e mesmo com todas as dificuldades, tive números expressivos. Vivi um ano difícil, com altos e baixos, problemas, e imagina se eu tivesse um ano mais regular, com apoio e confiança maiores. Mas o fato que vai ficar mais marcado foi o apoio da torcida após eu ter perdido o gol contra o Vitória. Isso me deu muita força e, se tivesse sido antes, a confiança poderia ser maior e a história diferente. Farei de tudo para deixar a torcida feliz - completou.

Busca enlouquecida da torcida por ingressos comove os jogadores do Fla

Horas na fila, spray de pimenta, bombas de efeito moral, cassetete e correria. As cenas quase bélicas para torcedores do Flamengo conseguirem ingressos para o jogo de domingo, contra o Grêmio, chegaram até os jogadores (veja no vídeo ao lado o sofrimento dos torcedores rubro-negros para comprar os últimos ingressos para o jogo de domingo). E da melhor forma possível. Houve uma comoção geral e uma renovação ainda maior do ânimo da equipe para a partida que pode garantir ao Rubro-Negro o seu sexto título brasileiro.



- A chance que temos de responder a tudo isso é vencendo. O amor pelo time faz com que tenhamos muito mais vontade – disse o lateral Juan.



O apoiador Zé Roberto sabe também que o longo jejum aumenta a importância do resultado de domingo.
- Passei na porta da Gávea na quinta passada e vi a fila enorme. Estamos vendo a euforia do torcedor, mas isso fica fora de campo. É muita responsabilidade e por isso temos de fazer o nosso trabalho bem feito – afirmou.



Desde que os ingressos acabaram, jogadores e qualquer pessoa ligada ao Flamengo sofrem com uma avalanche de telefonemas. O assunto? Sempre o mesmo.



- Várias pessoas já me pediram ingresso. Mas neguei todos os pedidos. Minha família está vindo assistir ao jogo e só Deus sabe como vou atender – declarou Juan

Adriano corta a chuteira, fica livre de incômodo e dá show em treino do Fla


O Imperador voltou, mas, para poder brilhar, precisou de uma gambiarra artesanal. Depois de treinar na quarta-feira e sentir um incômodo por causa da queimadura no pé esquerdo, o atacante do Flamengo apareceu nesta quinta com a chuteira cortada na parte de trás e uma fita isolante segurando as extremidades.

A medida deu mais do que certo. Livre do atrito que provocou a dor no dia anterior, Adriano treinou com bastante desenvoltura. Abriu o placar do coletivo após assistência de Juan, deu um passe "de colher" para Kleberson fazer um golaço e fechou o placar em bela cobrança de falta. No fim, saiu sorridente e atendeu pacientemente à multidão que o aguardava na grade da Granja Comary .
- Agora (com a chuteira cortada) ficou muito melhor. Ontem (quarta) incomodou um pouco – declarou o camisa 10 rubro-negro.

Assim como na semana anterior, ele deu entrevista de meias. No calcanhar esquerdo, uma mancha que se assemelhava a sangue. Porém, o jogador esclareceu.

- É pomada. Ainda dói, mas o momento é de superação, e domingo, seja de que forma for, estarei em campo – disse o jogador.

O Flamengo, com o Imperador, pode se sagrar hexacampeão brasileiro no próximo domingo. Para tal, precisa vencer o Grêmio, no Maracanã. A partida começa às 17h (de Brasília), pela 38ª e última rodada do Campeonato Brasileiro
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